quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Boletim nº 26 - Julho de 2012

     Brasil  Real
Ano 3   BOLETIM INFORMATIVO DO CÍRCULO MONÁRQUICO  DE BELO HORIZONTE        26  JULHO/2012


“Às vezes, penso que meus netos poderão condenar minha geração quando compreenderem o tamanho do estrago que o nosso comodismo permitiu acontecer. São inúmeros desvios morais dirigidos à desestruturação do conceito de Família.” (W. Taveira)


A G O S TO : PRÍNCIPES VISITAM MINAS GERAIS
                                                                          
                                                                                                                                                                                                DIA 3: Juiz de Fora                                DIA 19 : São João Del Rey
Dom  Antonio de  Orleans  e Bragança                  Dom  Bertrand  de Orleans  e  Bragança 


Neste mês de agosto de 2012, os mineiros receberão duas importantes visitas.
A primeira será em Juiz de Fora, no dia 3, quando o Príncipe D. Antonio assistirá a Formatura de 120 Sargentos da 4ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais.
Em São João Del Rey, dia 19, a visita será do Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, que será recebido pelo Sr. Prefeito Municipal e outras Autoridades, encerrando  o Curso sobre Monarquia, a ser ministrado naquela histórica cidade.
INFORMAÇÕES:
Juiz de Fora:    
Prof. Nelmar Nepomuceno - nelmar_ns@yahoo.com.br              
São João Del Rey:
Dr. José Luiz Magalhães - joseluizmaga@yahoo.com.br
Universitário Marcos Paulo Abreu –  marcospauloabreu@yahoo.com.br

                                                                            
                                                                                                                                        pág. 2                                                                                                           
                                                          ELIZABETH II
     RAINHA QUE TRATA SEUS SÚDITOS COMO FILHOS     
                                                                          Jornalista Paulo H. Chaves   
                                                                                                                                         
Admirável, legítimo e profundo poder dos símbolos!
Rainha Elizabeth II


Por que a Rainha Elizabeth II é tão admirada nesse mundo que transuda soberania popular? No periódico da intelligenzia socialista francesa “Le Nouvel Observateur”, Stéphane Bern se propôs responder à árdua tarefa, chegando a conclusões inesperadas. Ele começa por lembrar o arguto comentário do príncipe de Metternich de que a verdadeira obra mestra consiste em durar.
Enquanto os chefes republicanos procuram fugir de tudo o que pareça consulta popular por medo de ser banidos dos cargos ou frustrados em suas políticas, a Rainha da Inglaterra – envolta numa auréola de prestígio derivado de seu papel simbólico e moral – comemora o jubileu de diamante de seu reinado. Com efeito, Elizabeth II não tirou sua legitimidade de nenhum sufrágio universal ou de uma revolução popular.
Pelo contrário. Ela paira sobre um pedestal acima de todos os partidos políticos e interesses particulares por desígnio da História, pois seu poder adveio do berço. Como a soberana inglesa, reis e rainhas da velha Europa encarnam a identidade nacional nestes tempos de crise a identidade nacional que a nova Europa ameaça lhes tirar.
Na França, velhos nacionalistas, republicanos esclerosados e socialistas ainda penetrados do espírito do Terror de 1794 mordem os lábios de inveja ao assistir os britânicos cultivando o ideal de grande potência mundial, pois conservam o seu mais altaneiro símbolo hierático: Elizabeth II, pela graça de Deus rainha de Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, do Canadá e da Austrália, da Nova Zelândia e de um total de 16 Estados independentes, chefe da Commonwealth que reúne 54 Estados.
                                                                                                                                                                                
                                                                                                                                                                                  

                                                                                                                                                                                    pág. 3
 Na Uganda
Em razão de os poderes executivos terem sido tirados da Coroa, a Rainha não governa, mas com 86 anos de idade ela influencia muito mais que qualquer governante. Elizabeth II é um ícone fora do tempo, explica Bern, que se burla das modas, uma figura materna e protetora, uma espécie de mãe benfeitora da nação que permite ao povo acreditar sempre num destino fora do comum.
A soberana inglesa desafia todos os critérios modernos de usura na hora em que o complexo de parecer jovem e a vontade de dissimular os efeitos da idade jogam incontáveis europeus no ridículo. Elizabeth II é como uma fada que permite à nação atravessar todas as provas sem perder sua identidade nem sua dimensão moral.
Ela conheceu todos os chefes de Estado e recebeu “para confissão” todas as tardes de terça-feira, às 18,00 horas, doze primeiros ministros: de Winston Churchill a David Cameron. As ideologias, os partidos, os jogos de interesses mudaram sem cessar, mas ela encarnou sem desfalecimento a continuidade, a identidade e a unidade nacional.
As leis do reino a reduzem ao mero papel de “ser consultada, encorajar e advertir”. Porém, observa Bern, seu poder é muito superior ao das instituições, pois ela encarna profundamente a Inglaterra que ama seus cavalos e o campo, porque ela vibra ao uníssono com seu povo. 
O essencial de seu trabalho não é tanto presidir as cerimônias oficiais, mas a de preservar a mística da monarquia, conclui Bern, aludindo àquele superior desígnio que faz dos monarcas uma imagem viva d’Aquele Rei supremo, Criador de todas as coisas, que governa e sustenta tudo quanto existe como Senhor e Rei do universo.
Elizabeth II anunciou que morreria no trono. Ela recusou a aposentadoria como faria qualquer funcionária pública. Ungida pelos santos óleos na abadia de Westminster, seu trono é a Cruz onde exalará seu último suspiro.
Uma jornalista brasileira, talvez querendo fazer uma crítica palatável ao jet set, qualificou a vida da rainha de “chatice eterna”. “A rainha nunca chama a atenção, nunca faz banzé”, escreveu, como fazem – constatamos todos – inúmeros presidentes de um e outro sexo. E explicou:
“Há 60 anos, Elizabeth jogou pela janela todas aquelas microglórias que nós conhecemos por pequenos prazeres da vida. [...] aos 25 anos – a idade que tinha quando ascendeu ao trono – deve ter sido duro abdicar de certos deleites”.

Não sem razão, Bento XV ensinou que a nobreza está chamada a exercer um sacerdócio peculiar na ordem temporal: o “sacerdócio da nobreza”. Esse “sacerdócio”, obviamente, cabe em máximo grau ao soberano.                                                                                                                                                        
                                                                                                                                                                                                  Pág. 4                                                                        
A rainha Elizabeth em visita à Irlanda

No comentário da jornalista, registramos um aspecto muito pouco considerado nas pessoas reais: o holocausto de si próprio no exercício de uma missão que visa o bem do povo.Holocausto esse que os assemelha a Nosso Senhor Jesus Cristo e que está na base das graças atuais que a instituição monárquica atrai para o país ainda quando a rainha – hélas! – é chefe de uma igreja que se desviou das pegadas indeléveis de seu divino Fundador.
Bem poderíamos exclamar com Plínio Corrêa de Oliveira: “Ai do país em que a opinião pública se deixa transviar por demagogos vulgares, endeusando a trivialidade e simpatizando só com o que é banal, inexpressivo, comum”.

A rainha em visita ao Papa João Paulo II



                                                                                                                                                                            pág. 5                                                                     

A importância da visita do  Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança

Hugo de Castro*
A JC, ofereço estas letras.


“Minas são muitas, porém são poucos os que conhecem a face das Gerais”, dizia o grande escritor João Guimarães Rosa, como forma de expressar nossas riquezas culturais e materiais. E ainda mostrar a grande força de nossa tradição colonial e barroca, a herança dos bandeirantes e dos primeiros mineiros que, em busca do ouro e do diamante, desbravaram e criaram nossas riquezas culturais, maior patrimônio de um povo.
Cada cidade, cada arraial, cada canto de serra, com suas intimidades e peculiaridades. Cada qual à sua maneira simbolizando nossa força e nossas minas.
Aqui mulheres e homens, no passado e no presente, criaram e criam a nossa identidade, a de um povo pacato, determinado e forte, com compromissos e ideias oriundas de nobres fidalgos de quem descendemos: Joaquina do Pompéu, Bárbara Heliodora, Maria Tangará, Dona Beja, Chica da Silva, Bernardo Pereira de Vasconcelos, Aleijadinho,Marquês de Sapucaí, Visconde de Caeté, Martinho Campos, Visconde de Ouro Preto, Francisco Campos, Santos Dumont, Gustavo Capanema, Benedito Valadares, Afonso Arinos de Melo Franco, Milton Campos, Juscelino Kubitschek, Paulo Campos Guimarães, Austregésilo de Ataíde, Guimarães Rosa, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, Dom Silvério, Dom Sigaud, Con. Trindade, e inúmeros outros heróis imortais que deram toda a sua genialidade para o engrandecimento das Minas Gerais e cujos nomes comportariam dias e laudas para serem elencados.
Cidades unidas, construindo um estado forte sempre lembrado pelos rincões do Brasil, pela beleza do barroco, pela graça do rococó, pela beleza dos minérios e pedras que cintilam aos nossos olhos. E também pelo tempero aprazível de nossa culinária; nossas serras e vales; nossos rios e cachoeiras...
É neste lindo e maternal estado que receberemos mais uma vez a visita de Dom Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach, Príncipe Imperial do Brasil, segundo na sucessão do trono brasileiro, irmão de Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil (Imperador de Direito do Brasil).
Por sua Mãe, a Princesa Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança, D. Bertrand herdou as tradições da Família de Wittelsbach, a Casa Real da Baviera, uma das mais antigas da Europa, remontando ao século IX.
Por seu bisavô, o Príncipe Gastão de Orleans, Conde d'Eu, esposo da Princesa Isabel e herói da Guerra do Paraguai, D. Bertrand descende da Casa Real Francesa, provindo em linha direta de Hugo Capeto e de São Luís IX, o Rei-Cruzado.
Por sua bisavó, Dona Isabel, a Redentora, princesa que aboliu a mancha da escravidão no Brasil, D. Bertrand descende de Dom Pedro II e Dom Pedro I. Descendendo de Reis, Santos e Heróis, de Fundadores de Impérios e Cruzados, o Príncipe Imperial recebeu uma educação à altura das tradições que encarna.
Dom Bertrand esteve em nossa região, no dia 20 de agosto de 2011, na cidade de Pompéu, quando da inauguração do Centro Cultural “Dona Joaquina do Pompéu”, em homenagem à “Grande Matriarca Heroína da Independência do Brasil”, que muito serviu ao seu trisavô o Imperador dom Pedro I, na expulsão das tropas do General Madeira na Bahia.
Ao aceitar palestrar para os alunos do curso de Direito da UNIPAC de Bom Despacho no dia 29 de fevereiro de 2012, sobre o tema: “Brasil, país predestinado a um futuro glorioso”, D. Bertrand honrou também as cidades de Divinópolis e Bom Despacho, no ano jubilar em que estas completam um século de emancipação política, coincidentemente no mesmo dia, pois foram emancipadas no dia 1 de junho de 1912.
                                                                                                                                                               pág. 6
O Brasil, ao acordar para as questões da memória e da cultura, valoriza aqueles que lutaram e trabalharam para construir cada pedaço desta nação.  Graças aos nossos dois grandes imperadores, Dom Pedro I e Dom Pedro II, o Brasil manteve sua extensão continental. Se não fosse a grande capacidade de chefe de estado de Dom Pedro I, nosso país estaria dividido em pequenas republiquetas, assim como ocorreu na América espanhola, que não conseguiu preservar seu território integralmente. Estas cidades, ao receberem Sua Alteza Imperial e Real, herdeiro deste legado que é o compromisso com as causas do crescimento do Brasil, afirmam um comprometimento com a História, pois estão valorizando e guardando uma memória que não se perdeu e está viva em nossos corações!
Cabe a nós, cidadãos brasileiros, valorizar e preservar nossa história, que muitas vezes não nos é passada nos bancos das escolas, como é o caso da saga de nossos Príncipes que com simplicidade e amor a este país trabalham arduamente para que o Brasil seja engajado e colocado entre os países fortes. Temos tudo para sermos uma grande nação!
A importância da visita de Sua Alteza Imperial e Real, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, deve ser vista como uma data festiva para toda a posteridade que, sem sombra de dúvidas, está aprendendo a respeitar e valorizar nossa história e nossa cultura!
*Hugo de Castro é Presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, Artístico e Histórico de Pompéu, Diretor do Centro Cultural Dona Joaquina do Pompéu, Diretor de Aglutinação do Círculo Monárquico de Minas Gerais, e Acadêmico do curso de Direito da UNIPAC/Bom Despacho.
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                         J U V E N T U D E      M O N Á R Q U I C A
P A R T I CI P E !                INFORMAÇÕES   COM:
                                         Marcos Paulo Abreu – Chanceler: marcospauloabreu@yahoo.com.br
                                         Nelmar Nepomusceno – Conselheiro: nelmar_ns@yahoo.com.br
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E X P E D I E N T  E
- "Brasil Real" -
Boletim Informativo do Círculo Monárquico de Belo Horizonte

LINHA EDITORIAL: A linha de conduta seguida pelo CMBH em suas comunicações evita críticas às pessoas, concentrando-as ao regime republicano, causa maior das insatisfações.
                                   Vive-se um momento em que a freqüência de críticas às pessoas do Governo é muito intensa. Todos criticam, mas quase ninguém propõe soluções. A causa da Monarquia-Parlamentar não pode se apoiar em lugar comum.
                                     Os registros deixados pela história republicana demonstram que as causas atuais da insatisfação sempre existiram no regime.
                                    Falta a esse regime a Moral Monárquica e esta é só disponível através de um Quarto Poder descomprometido com o materialismo, especialmente por ser vitalício e hereditário. Para tanto, não bastaria o Parlamentarismo, é preciso que o regime seja o Monárquico-Parlamentar.

D  I  R  E  T  O  R  I  A:
Presidente: Mário de Lima Guerra,
Diretor de Aglutinação : Hugo Henrique de Castro,
Dretor de Administração: Pedro Henrique Viana Espeschit,
Diretor de Corregedoria: Gilberto Madeira Peixoto,
Diretor de Educação: Célio Ayres de Carvalho,
Diretora da Secretaria : Leny Nogueira Silva Pardini e
Redator: Prof. Pedro Henrique Viana Espeschit
                                                                                  
Colaboradores:    Carlos Aníbal de Almeida Fernandes, João Ângelo Ambrosim Ildefonso Silveira de Carvalho, João Bernardes Neto, José Arcanjo do Couto Bouzas, José Augusto Carvalho de Souza, José Gontijo  Pires, Luiz Gonzaga Sette,  Marcus Soares Leão, Marina Maria Lafayette de  Andrada Ibrahim, Nelmar Nepomuceno, Ozório Couto,  Paulo Roberto da Silva, Paschoal Carrato Filho, Raymundo Lopes,  Rodrigo Laender  Najar,  Regina Almeida, Sérgio Orlando Pires de Carvalho, Walter Gonçalves Taveira.
CONTATOS
                         Av. Uruguai, 537 -  Conjunto 04 – BELO HORIZONTE – MG – CEP 30.310-300           -        Telefone : 0XX-31- 9615-6710
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